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  • Luciano Lima
  • 11 de setembro de 2024
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Gestão de riscos de terceiros: Como proteger sua empresa além das fronteiras internas

Gestão de riscos de terceiros: Como proteger sua empresa além das fronteiras internas

Introdução

A gestão de riscos de terceiros é essencial para empresas que dependem de fornecedores externos, parceiros ou prestadores de serviços. Esse processo visa identificar, avaliar e reduzir os riscos dessas interações, assegurando que os terceiros envolvidos não representem vulnerabilidades à segurança da empresa.

Com o aumento da interconexão e da troca de dados, esses riscos se intensificam, abrangendo desde falhas de conformidade até ciberataques que afetam a operação.

Uma gestão eficaz desses riscos é crucial para proteger os ativos digitais e a reputação da empresa, garantindo que os parceiros estejam em conformidade com regulamentações e preparados para enfrentar incidentes.

A importância da gestão de riscos de terceiros e seus benefícios

Adotar a gestão de riscos de terceiros é fundamental para proteger a integridade e a continuidade dos negócios em um cenário cada vez mais conectado e globalizado. À medida que as empresas dependem cada vez mais de fornecedores externos e parceiros para diferentes serviços e operações, o risco associado a essas interações também aumenta. Quando uma organização implementa uma abordagem eficaz de gestão desses riscos, ela ganha uma série de benefícios estratégicos.

  • Proteção da reputação da empresa: Qualquer violação de segurança ou incidente com um fornecedor pode impactar diretamente a reputação da organização principal. Adotar uma gestão proativa permite identificar e mitigar riscos antes que eles se tornem públicos, evitando danos à imagem da empresa.
  • Redução de violações de segurança: Um dos maiores benefícios dessa abordagem é a capacidade de prevenir incidentes de segurança que poderiam ocorrer por meio de terceiros. Empresas que monitoram seus fornecedores garantem que eles adotem boas práticas de segurança, minimizando brechas que possam ser exploradas por cibercriminosos.
  • Conformidade regulamentar: Muitos setores estão sujeitos a rigorosas regulamentações de proteção de dados, como o GDPR na Europa ou a LGPD no Brasil. A gestão de riscos de terceiros ajuda as empresas a se manterem em conformidade com essas regulamentações, evitando multas e penalidades severas.
  • Resiliência operacional: Uma boa gestão de riscos de terceiros também envolve a criação de planos de contingência para garantir a continuidade dos negócios, mesmo que algum fornecedor passe por uma interrupção de serviços. Isso fortalece a capacidade da empresa de se recuperar rapidamente de incidentes inesperados.
  • Aumento da confiança nas parcerias: Ao adotar essa abordagem, a empresa fortalece suas relações com parceiros e fornecedores. Isso cria um ambiente de confiança, onde todos os envolvidos seguem práticas seguras e estão comprometidos em proteger as operações conjuntas.

Visão geral para gestores e analistas de segurança

A gestão de riscos de terceiros é cada vez mais essencial à medida que as empresas expandem suas operações e dependem de fornecedores externos. A crescente complexidade dessas relações apresenta desafios significativos, exigindo uma abordagem estruturada para mitigar os riscos. Tanto gestores quanto administradores de segurança precisam estar devidamente preparados para enfrentar esses desafios com uma estratégia eficaz.

Para gestores

Alinhamento com os objetivos de negócio: Os gestores devem garantir que a gestão de riscos de terceiros esteja alinhada com os objetivos estratégicos da empresa. Isso significa integrar a segurança de terceiros às metas corporativas e demonstrar como essa prática pode proteger os ativos da organização, ao mesmo tempo em que contribui para a eficiência operacional e o crescimento sustentável​.

Envolvimento interdepartamental: É recomendado que gestores estabeleçam uma colaboração entre departamentos para abordar os riscos de terceiros de maneira holística. As equipes de TI, compliance, jurídico e compras precisam trabalhar juntas para garantir que todos os aspectos — desde contratos até auditorias de conformidade — estejam em conformidade com os requisitos de segurança​.

Criação de planos de contingência: É vital que os gestores desenvolvam e mantenham planos de contingência específicos para os fornecedores mais críticos. Esses planos devem incluir protocolos claros para incidentes, desde a revogação de acessos até a recuperação de dados, para garantir que a empresa esteja preparada para enfrentar eventuais interrupções ou violações​.

Analistas de segurança

Monitoramento contínuo e avaliação de riscos: Os analistas de segurança devem adotar uma abordagem de monitoramento contínuo das atividades dos terceiros. Isso inclui o uso de ferramentas automatizadas de monitoramento de ameaças para identificar e mitigar riscos em tempo real, garantindo que as vulnerabilidades sejam tratadas antes de se tornarem problemas críticos.

Validação técnica de segurança: A realização de testes técnicos, como simulações de ataques e auditorias de segurança, é essencial para verificar se os fornecedores estão implementando as medidas adequadas de proteção. Além disso, a validação de certificações e auditorias, como ISO 27001 e SOC 2, é recomendada.

Treinamento de equipes de segurança: É recomendado que os administradores de segurança treinem suas equipes para lidar com ameaças específicas associadas a terceiros. Isso pode incluir desde a educação sobre políticas de acesso e privilégios até a implementação de soluções como o Identity Threat Detection and Response (ITDR)​.

Principais riscos associados a terceiros

Quando se trata da gestão de riscos de terceiros, as organizações enfrentam uma série de ameaças que podem comprometer a segurança, a conformidade e a continuidade dos negócios. A seguir, detalhamos os principais riscos que as empresas devem considerar ao interagir com fornecedores e parceiros externos.

Risco de violação de dados

Os terceiros que têm acesso a dados sensíveis podem inadvertidamente abrir portas para violações de dados. Isso ocorre quando fornecedores ou parceiros não implementam medidas de segurança adequadas, como criptografia de dados ou controles de acesso robustos. Um exemplo notável é o ataque à Target em 2013, onde os hackers acessaram dados de clientes através de uma empresa terceirizada de HVAC (Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado), expondo mais de 40 milhões de registros de cartão de crédito. Este incidente destaca como um parceiro mal protegido pode ser explorado para comprometer toda a organização.

Falhas de conformidade

Empresas que operam em setores regulamentados, como saúde e finanças, devem garantir que seus fornecedores estejam em conformidade com normas como o GDPR, LGPD, e HIPAA. A falta de conformidade por parte de terceiros pode levar a multas severas, sanções regulatórias e danos à reputação da empresa contratante. Além disso, conforme as regulamentações de privacidade de dados se tornam mais rigorosas globalmente, os riscos associados à falta de conformidade aumentam exponencialmente.

Risco operacional

O desempenho e a confiabilidade dos terceiros podem impactar diretamente as operações diárias da empresa. Se um fornecedor essencial falha em entregar seus serviços, seja devido a problemas técnicos ou financeiros, isso pode causar interrupções significativas nas operações da organização. Um exemplo recente é o caso da interrupção de serviços da SolarWinds, que resultou em uma cadeia de ciberataques em várias grandes corporações globais e agências governamentais​.

Risco reputacional

A reputação de uma empresa está vinculada ao comportamento e práticas de seus fornecedores. Caso um parceiro se envolva em práticas antiéticas ou esteja envolvido em um escândalo de segurança, a reputação da empresa contratante pode ser gravemente afetada. Esse tipo de risco, embora difícil de quantificar, pode resultar em perda de clientes e oportunidades de negócios, além de danos duradouros à marca.

Riscos financeiros

Erros ou falhas de terceiros também podem impactar diretamente a saúde financeira da empresa. Isso pode ocorrer por custos inesperados de recuperação, multas por não conformidade ou até mesmo pela necessidade de substituir rapidamente fornecedores críticos. Além disso, brechas contratuais, como falta de cobertura em seguros de responsabilidade cibernética, podem deixar a organização exposta a riscos financeiros.

Ameaças de segurança interna

A contratação de terceiros sem a devida verificação e monitoramento contínuo também pode introduzir ameaças internas. Funcionários de terceiros podem, inadvertidamente ou de maneira maliciosa, expor sistemas a riscos, comprometendo a segurança interna da empresa. A ausência de processos de offboarding adequados também pode permitir que ex-funcionários mantenham acessos indevidos a sistemas críticos.

Desafios na implementação da gestão de riscos de terceiros

Implementar a gestão de riscos de terceiros é uma tarefa complexa que envolve diversos desafios, tanto técnicos quanto organizacionais. As empresas que buscam mitigar riscos relacionados a seus fornecedores e parceiros precisam superar uma série de obstáculos que podem dificultar a eficácia desse processo. A seguir, detalhamos alguns dos principais desafios enfrentados pelas organizações ao implementar essa gestão e sugerimos recomendações para abordá-los.

Resistência interna

Um dos primeiros desafios na implementação de uma estratégia robusta de gestão de riscos de terceiros é a resistência interna. Muitas vezes, diferentes departamentos podem não reconhecer a importância de monitorar rigorosamente terceiros ou podem estar mais focados em garantir a continuidade das operações do que em adotar medidas preventivas de segurança. Além disso, existe a percepção de que a gestão de riscos pode introduzir atrasos ou complexidade adicional nas operações.

Recomendação: Para superar essa resistência, é essencial educar as partes interessadas sobre os riscos associados aos fornecedores e parceiros externos, destacando os possíveis impactos negativos, como perdas financeiras e danos à reputação. Realizar workshops de conscientização e demonstrar casos reais de violações de dados relacionadas a terceiros pode ajudar a obter apoio. Além disso, o envolvimento da alta liderança no processo é crucial para estabelecer a gestão de riscos como uma prioridade organizacional.

Falta de recursos e capacitação

Outro desafio significativo é a falta de recursos financeiros e humanos dedicados à gestão de riscos de terceiros. Muitas empresas, especialmente as de médio porte, podem não dispor de pessoal qualificado ou de ferramentas tecnológicas para monitorar efetivamente seus fornecedores. Isso pode resultar em uma abordagem fragmentada e insuficiente para gerenciar os riscos.

Recomendação: As empresas podem considerar a automação de alguns processos de monitoramento de riscos, utilizando ferramentas de avaliação contínua e gestão de fornecedores que automatizam grande parte do processo de análise. Além disso, terceirizar o monitoramento de terceiros para provedores especializados pode ser uma solução viável. Capacitar a equipe de segurança com treinamentos em gestão de riscos e fornecimento de recursos adicionais também pode ajudar a mitigar esse desafio.

Complexidade em monitorar múltiplos fornecedores

A diversidade e a quantidade de fornecedores com os quais uma organização lida aumentam significativamente a complexidade de monitorar os riscos. Cada fornecedor pode ter diferentes níveis de maturidade em termos de segurança, o que torna o processo de avaliação e acompanhamento contínuo extremamente desafiador. Além disso, alguns fornecedores podem ser reticentes em compartilhar suas práticas de segurança, o que dificulta a transparência e a confiança.

Recomendação: Implementar um programa de segmentação de fornecedores pode facilitar o processo de gestão, classificando-os de acordo com o nível de risco que apresentam para o negócio. Por exemplo, fornecedores com acesso a dados críticos ou confidenciais devem ser monitorados de forma mais rigorosa, enquanto fornecedores com menos acesso podem ser geridos de forma mais leve. O uso de questionários padronizados de segurança e auditorias regulares também pode ajudar a manter o controle sobre a conformidade e a segurança dos fornecedores.

Gerenciamento de conformidade com regulamentações

Conforme as regulamentações de privacidade de dados, como o GDPR e a LGPD, se tornam mais rigorosas, o gerenciamento de conformidade dos terceiros se torna ainda mais crítico. Manter todos os fornecedores em conformidade com as diversas regulamentações globais pode ser extremamente difícil, principalmente em empresas que operam em vários países, onde as exigências legais podem variar amplamente.

Recomendação: A melhor abordagem é criar uma política interna de conformidade que estabeleça diretrizes claras para a seleção e monitoramento de fornecedores, garantindo que eles cumpram as regulamentações exigidas em cada jurisdição. Adotar uma abordagem de avaliação de risco baseada em dados, usando ferramentas que monitorem continuamente a conformidade e o desempenho dos fornecedores, pode ajudar a evitar falhas que resultariam em multas e sanções.

Manutenção da relação com fornecedores

Gerenciar riscos sem comprometer a relação comercial com os fornecedores é um desafio constante. A imposição de controles rigorosos ou a solicitação de informações detalhadas de segurança pode ser percebida como uma falta de confiança, o que pode prejudicar o relacionamento de longo prazo com o fornecedor.

Recomendação: Para abordar esse desafio, é fundamental comunicar claramente aos fornecedores a importância das medidas de segurança para ambas as partes. Envolver os fornecedores em um processo colaborativo de gestão de riscos, oferecendo suporte e orientações, pode fortalecer a parceria. Ao invés de tratar a gestão de riscos como uma verificação pontual, a empresa pode transformar isso em uma parceria contínua para a melhoria da segurança.

Conclusão

A gestão de riscos de terceiros é essencial para a segurança cibernética e a continuidade dos negócios em um mundo cada vez mais interconectado. O artigo discutiu a importância dessa prática, destacando benefícios como proteção da reputação, redução de violações e conformidade regulatória. Também explorou como gestores e analistas de segurança podem implementar estratégias eficazes, alinhadas aos objetivos do negócio.

Os principais riscos incluem violações de dados e falhas operacionais, exigindo monitoramento contínuo e uma abordagem proativa. Embora existam desafios, como a resistência interna e a complexidade do monitoramento de fornecedores, superá-los com educação e automação garante segurança e sustentabilidade a longo prazo.


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